Nadya Araujo Guimarães
Ana Gilda Soares
Daniel Groisman
Confira abaixo o programa do curso:
O mercado de trabalho de cuidado tem crescido de maneira persistente e célere no Brasil, desde o início dos anos 2000. Esse crescimento é especialmente importante no caso das trabalhadoras que são classificadas como atuando no chamado “cuidado direto” na qualidade de cuidadoras de idosos dependentes e de pessoas com deficiências, presentes em domicílios ou em instituições (de saúde ou de acolhida de idosos e pessoas especiais).
Entretanto, conquanto reconhecida como uma ocupação desde a CPO 2002, o trabalho de cuidado direto carece de regulamentação. Com isso, o trabalho de cuidado direto conta com o amparo da legislação brasileira apenas quando exercido em domicílio e contratado por famílias, situação em que passa a ser regido pela legislação que protege o trabalho doméstico em geral. Nessas condições, carecemos de qualquer regulamentação com respeito à formação profissional minimamente requerida para o exercício da atividade de cuidado direto, pelo que variam significativamente as iniciativas hoje postas em prática no âmbito da formação profissional para cuidadoras.
A iniciativa aqui proposta almeja animar os atores a encontrar boas soluções para garantir a qualidade da capacitação requerida por um trabalho que se mostra tanto mais estratégico para a organização da vida social quanto mais volumosas e urgentes se tornam as necessidades de cuidado, notadamente dado o rápido envelhecimento da nossa população – do que vem dando mostras o exponencial ritmo de crescimento do número de trabalhadoras ocupadas no cuidado, no Brasil, nos últimos 25 anos.