Trabalhadoras dissidentes: marcas femininas da discriminação LGBTfóbica no trabalho

Artigo foi publicado na Revista Ciências do Trabalho, edição n. 25 (2024): Dossiê: Mulher e Trabalho – Parte 1

Confira o resumo abaixo:

As normas sociais de gênero e sexualidade afetam diretamente o acesso e a permanência de pessoas LGBTQIA+ no trabalho. Com base em pesquisa empírica realizada pelo Diverso UFMG – Núcleo Jurídico de Diver-sidade Sexual e de Gênero, no âmbito do Observatório de Violências contra Pessoas LGBTQIA+, selecionamos oito entrevistas para análise qualitativa nes-te artigo. Dentre os relatos de travestis, mulheres trans, lésbicas e bissexuais, destacamos três elementos principais para a compreensão das discriminações LGBTfóbicas no trabalho. O primeiro é o próprio acesso e permanência no tra-balho, sobretudo na realidade de mulheres trans e travestis. O segundo diz do silenciamento e constrangimento colocado às mulheres lésbicas e bissexuais sobre sua sexualidade, face da discriminação organizacional e da violência sim-bólica. O terceiro elemento é a discriminação exteriorizada por meio de zom-barias mascaradas por supostas “piadinhas” e “brincadeiras” que sexualizam e violentam lésbicas e bissexuais. Constatamos que a cis-heteronormativadade e a heterossexualidade compulsória se desdobram também como dimensões do poder empregatício.

Autores:

Pedro Augusto Gravatá Nicoli, Marcelo Maciel Ramos, Bruna Salles Carneiro, Henrique Figueiredo de Lima

Data de lançamento:

22/05/2024

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